Faz um tempo que não consigo escrever por aqui. Recentemente passei a dar aulas para a graduação e a mudança de rotina foi bem mais severa do que eu esperava.
Estou casada há pouco mais de 3 anos. Casei depois dos 30 anos. De certa forma, acreditava que já sabia o que precisava saber sobre quase tudo na vida. No caso das finanças, sou graduada em Ciências Econômicas, o que será que um advogado poderia acrescentar?
A verdade é que o casamento, no meu caso, foi um fator determinante para mudar o rumo das minhas finanças. Eis os motivos:
- Cobrança. Antes do casamento, eu já tinha diversas planilhas de controle e metas de curto, médio e longo prazo para finanças que nunca se materializavam. Mas a verdade é que se eu gastasse mais do que planejado com uma quantidade inexplicável de livros (meu programa de domingo era a livraria e eu dificilmente saía dela sem pelo menos 3 ou 4 novidades) não havia ninguém para me cobrar uma explicação. Eu não acredito que o casamento transforme duas vidas em uma, mas forma uma parceria que divide planos e também cria uma espécie de controle de monitoramento nos resultados alcançados. O casamento não trouxe só cobrança, trouxe também incentivo, duas pessoas com um objetivo de investimento é bem melhor que uma.
- Perspectiva míope. Enquanto era solteira, acho que a minha perspectiva era míope. Não sei bem se porque era solteira ou se porque era mais jovem. Tinha uma certa atitude de que tudo poderia ficar para depois, pensar em aposentadoria então estava fora de cogitação. Hoje me preocupa não só a aposentadoria, mas o que aconteceria a minha família se eu lhes faltasse de forma repentina.
Os resultados são inegáveis. Tenho casa e carro próprios. Uma rede de segurança em investimentos e quase nenhuma dívida. Certamente um panorama bem diferente do tempo de solteira.