Alguns dias atrás eu e meu marido buscamos o nosso carro novo. O primeiro que eu adquiro sem dívida nenhuma.
Eu costumava ser cética a respeito de metas. Todo ano eu estabelecia uma série de metas ou resoluções de ano novo, só para me frustrar ao não atingí-las no final do ano.
O que eu estava fazendo errado? Em primeiro lugar, me parece que eu dedicava o tempo e a seriedade necessária ao processo de estabelecer metas. Além disso, minhas metas eram mais desejos de consumo fora do meu padrão de renda, como se eu quisesse atingir tudo ao mesmo tempo.
Hoje, principalmente pela influência do meu marido que, por trabalhar de forma autônoma e sem garantia de renda no final do mês, é avesso ao endividamento, nossa única dívida é o financiamento imobiliário que representou 8% de nosso rendimento líquido em 2009.
Em 2009, mesmo com a aquisição antecipada do carro, destinamos 29% de nossa renda para investimentos. Tudo isso só foi possível graças aos seguintes fatores:
- Força de vontade para combater os impulsos de consumo;
- Sabedoria para evitar extremos. Todo mundo precisa de um livro para ler, afinal de contas; e
- Metas claras e viáveis. Perseguimos um objetivo de poupança de curto prazo que era claramente possível. A cada mês, ao fechar o balanço percebíamos o progresso na direção de nossa meta.
Na minha vida profissional, convivo com um sistema de metas há bastante tempo. É quase inexplicável porque nunca fui capaz de fazer o mesmo na minha vida financeira.
Revendo os conceitos básicos já discutidos anteriomente ao estabelecer metas:
- Defina o que é importante para você. Dinheiro não traz felicidade. Perseguir metas financeiras alinhadas com os nossos valores é que traz felicidade. Então é preciso considerar o que é importante para você, economizar para o futuro ou satisfazer um sonho de consumo do momento.
- Olhe para a frente, não para trás. Foque suas metas no futuro, no destino que pretende atingir e não na sua situação atual.
- Dê um passo de cada vez. É vital para a sua meta se concretizar que você a desdobre em ações menores que precisam ser tomadas diariamente para levá-lo em direção ao objetivo estabelecido.
- Mantenha a sua meta na cabeça. Revisite regularmente as metas estabelecidas. Analise seu progresso periodicamente.
- Use um parceiro como fiscal. Tenha alguém para quem prestar contas.
- Seja paciente. O progresso muitas vezes pode parecer lento, lembre-se que uma jornada é composta de pequenos passos pelo caminho.
- Não se abale com os pequenos desvios. O carro quebrou, ou alguém ficou doente, pode representar uma redução no valor estabelecido para investimentos. Lembre-se que a vida é sempre cheia de imprevistos mas que no longo prazo nossas metas nos encaminham para a direção de nossos sonhos.
Funcionaram para mim, espero que funcionem para você também.
FELIZ ANO NOVO!
Parabéns pelo artigo, ficou ótimo! Já há algum tempo trabalho com metas a curto, médio e longo prazos, e da mesma forma que vocês, posso atestar a eficácia do planejamento e descrição de objetivos a serem conquistados ao longo do tempo.
Acredito que quando nos conhecemos financeiramente (domando nossos desejos desenfreados por comprar), e resolvemos buscar a educação financeira para nosso bem e o de nossa família, os passos seguintes tornam-se mais seguros, bem direcionados e com destino certo.
Abraço.
Taty,
quem me indicou o espaço foi a Nilce. Apreciei demais tua iniciativa, bem como a clareza/objetividade do texto e interesse de vocês em contribuirem com as pessoas, compartilhando a experiência exitosa de casal, ambos focados na mesma visão. Parabéns, extremamente proveitosa a leitura. Desconheço alguém que não necessite de sabedoria para lidar com finanças e persistência para atingir resultados. Um abraço, Regina
Estou gostando muito de seu blog. Acho que suas dicas vão me ajudar a estabelecer metas e realizá-las neste ano. Darei notícias.
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