Como maio é conhecido como o mês das noivas, decidi falar um pouco sobre o que eu considero como preparação importante para todo casal que pretende embarcar nessa experiência.
Existem várias formas de administrar as finanças de um casal. Alguns preferem manter as finanças completamente separadas, outros decidem por unificar as finanças usando contas correntes conjuntas e ainda há aqueles que optam por um meio termo entre os dois.
No meu caso, eu e meu marido optamos por misturar completamente o nosso dinheiro. Ambos os nossos nomes aparecem em todas as contas bancárias e cartões de crédito. Compartilhamos cada centavo e consequentemente todas as decisões de consumo e investimento impactam os dois.
Não importa qual a sua escolha, seja ela manter a independência ou compartilhar tudo, você vai ter que conviver com as decisões de consumo do seu parceiro – para o bem e para o mal. Se você tem filhos, eles herdarão os frutos da sua vida financeira compartilhada. Embora eu não acredite que o dinheiro sozinho pode destruir um casamento, me parece que certamente ele pode ser um obstáculo. O certo é que não dá para fingir que dinheiro não tem nada a ver com o relacionamento e ignorar o assunto.
Culturalmente somos ensinados a ignorar a questão financeira ao escolher um parceiro. Os contos de fada estão cheios de exemplos de casos onde o amor prevalece sobre as diferenças de renda. Nossa sociedade também dá um contexto negativo as pessoas que valorizam o aspecto financeiro chegando ao extremo de rotular como golpista.
No final das contas, o que não se pode fazer é ignorar o assunto. A menos que o casal se expresse de forma diferente, a partir do dia do casamento, toda a vida financeira está de qualquer forma combinada já que o regime utilizado normamelmente é a comunhão parcial de bens.
Para estabelecer uma boa fundação para a sua vida financeira futura, aqui estão 5 aspectos que considero essenciais avaliar antes do casamento:
- Conheça a si. Antes de compartilhar os detalhes da sua vida financeira, tenha certeza de que os conheçe realmente. Se tem dívidas, procure saber qual o total delas e qual a taxa de juros que estás pagando. Saiba quais são os seus ativos e quanto eles valem no mercado. Sua cara metade deve amá-lo pela pessoa que és independente do seu patrimônio líquido, mas eventualmente todas essas informações serão importantes para as decisões conjuntas como comprar uma casa ou ter filhos.
- Conheça o seu parceiro. Num dia ensolarado quando ambos estiverem de bom humor, compartilhem as suas informações. Tente manter a mente aberta e não fazer julgamentos. Não há necessidade de sentir-se culpado por excessos do passado, a intenção aqui é preparar-se para o futuro. Você pode ajudar o seu parceiro a sair do endividamento ou o contrário. A minha vida financeira mudou para muito melhor com o casamento.
- Conheça os seus hábitos. Se você não costuma manter registro dos seus gastos, tente fazê-lo por um período de tempo. Esse tipo de informação pode ser muito útil para planejarem o futuro. Também é uma boa forma de se conhecer.
- Saiba o que quer. Como diz o ditado: “nenhum vento ajuda quem não sabe para onde vai”. O sucesso em qualquer coisa é relativo, você é bem sucedido em relação a um parâmetro, a uma meta. Em finanças pessoais não é diferente. O que você quer? Parar de trabalhar aos 40? Acumular R$1 milhão antes dos 30?
- E saiba como chegar lá. Se vocês já tem uma ou mais metas, é preciso estabelecer quais as ações que precisam ser tomadas para atingí-las. Toda decisão de consumo e de investimento deve ser um passo na direção das suas metas.
Eu não pensei nessas 5 dicas de forma objetiva antes de me casar, mas acabamos por cobrir todas essas questões eventualmente. E me parece que estamos no caminho certo.
Boa sorte aos noivos!