Em primeiro lugar quero me desculpar pelo longo silêncio. Estes últimos meses foram bastante atribulados com promoção, mudança, etc.
Me mudei mais uma vez há cerca de 2 meses. Essa deve ser a terceira ou quarta mudança considerando apenas a minha vida adulta. Considerando a mobilidade profissional, é de se esperar que as pessoas mudem mais de uma vez na vida. No nosso caso, estamos nos mudando em função da oferta recebida pela nossa casa atual.
Começar um novo capítulo da vida em uma casa nova é sempre excitante, mas pode também ser um peso nas finanças pessoais. A maioria das despesas associadas a mudança são inevitáveis, mas um pouco de planejamento pode ajudar a limitar o impacto no orçamento com a mudança. Em primeiro lugar é preciso decidir se você vai alugar ou comprar a nova residência. Aqui em casa sempre divergimos na questão do aluguel versus aquisição de imóvel. Eu nunca tive muito desejo de me vincular de forma permanente a um determinado lugar, já o meu marido sempre preferiu a segurança de ser o dono da própria moradia. Resolvemos o impasse limitando nosso custo de aluguel ao rendimento que esperamos ter com a aplicação dos recursos gerados na venda do nosso apartamento anterior.
Outro ponto muito importante na hora da mudança é a localização da futura moradia. Eu não gosto de dirigir no trãnsito caótico da cidade então tenho feito questão de morar numa distância próxima do escritório que me permita caminhar para o trabalho na maioria das vezes. Meu endereço atual fica a cerca de 3 quadras do escritório. Esse arranjo nos permite ter apenas 1 carro, o que tem um impacto muito positivo no nosso orçamento (menos 1 IPVA, 1 seguro, etc).
Claro que alugar não é a solução para todos ou para todos os momentos da vida. Seguem algumas dicas para considerar na hora de alugar um imóvel:
- Inspecione o imóvel em mais de um horário para avaliar a orientação solar, o barulho da vizinhança e também as condições das redondezas;
- Considere o espaço do imóvel escolhido e a sua mobília atual. Se precisares armazenar mobiliário, acarretará em custos de depósito. No meu caso, acabei comprando um novo sofá e armários novos para o closet.. Uma extravagância que me concedi no processo.
- Avalie a eficiência da imobiliária. Depois de fecharmos o contrato, acabei descobrindo que a imobiliária que administra o nosso aluguel não trabalha com débito em conta e até agora tivemos que buscar o boleto para pagarmos dentro do prazo por duas vezes.
- Se possível, negocie direto com o dono do imóvel.
- Como inquilino não estranhe ou se ofenda pelo fato de analisarem seu crédito, por meio de cópia de contracheque, carta de banco com saldo médio ou lhe solicitem garantias como depósito caução, seguro, fiador etc. Pense a respeito: se o imóvel fosse seu, tomaria o mesmo cuidado.
- Como é preciso ter garantias da negociação, é importante que o contrato de locação inclua as obrigações, os direitos e as sanções, em caso de não cumprimento das obrigações estipuladas, para ambas as partes.
- Não se esqueça de observar bem os termos nos quais o aluguel será reajustado. Por mais que isto pareça óbvio, este é um item que a maioria das pessoas se esquece e que gera muita disputa, sobretudo em épocas de alta da inflação.
- Como inquilino, você deverá fazer uma visita de inspeção no imóvel, onde precisa observar atentamente todos os detalhes.
- Tenha consciência de que deverá assinar uma declaração de que todos os bens e móveis que estão no apartamento ou casa estão em bom estado, assim como suas condições gerais. O ideal é anexar uma lista do que permanecerá no apartamento. Isso evita que lhe cobrem um aluguel mais alto, alegando que você não terá despesas com armários dos quartos e estante da sala e, ao receber as chaves, perceber que o apartamento está completamente vazio.