Todos ouvimos como é importante estabelecer e monitorar metas.
Somos incentivados a registrar as metas, colá-las no espelho e revisá-las diariamente. Algumas pessoas se referem a essas listas como “bucket lists.” Mas depois de estabelecermos todas essas metas, muitas vezes enfrentamos a dura realidade: não teremos dinheiro suficiente para realizar todas as metas.
Nem hoje. Nem nunca.
Pode ser muito doloroso descobrir que você passou anos esperando para fazer certas coisas mas acabou limitado pela falta de dinheiro. Podemos definir esse sentimento de desapontamento como a distância entre nossas expectativas e a realidade.
Para alguns, esse desapontamento vem quando descobrimos que a aposentadoria planejada não será mais uma opção. Anos de trabalho e poupança simplesmente não deram o resultado esperado. Então não é surpresa que depois de uma década ou mais esperando um certo resultado, até mesmo adiando a vida em prol desse resultado, ficaríamos muito desapontados quando o resultado não se materializa.
Há algum tempo atrás eu estabeleci 40 metas para perseguir até completar 40 anos de idade. Ainda não cheguei lá, mas já me é evidente que não será possível cumprir todas as metas estabelecidas com o dinheiro e o tempo que me restam. Claro que sei que levo uma vida muito acima da média. A minha vida é muito boa, não importa como eu a medir. Mas não consigo deixar de me frustar com as metas não atingidas.
A questão é o que fazer a respeito? Como evitar o descontentamento e ao mesmo tempo manter-se no caminho certo?
Aqui vai uma sugestão radical, mudar o processo de estabelecer metas baseadas num resultado único no futuro e focar no processo de viver a vida que queremos a cada dia que nos levará a vida queremos no futuro. Podemos começar por:
1. Abandonar as expectativas.
Para o caso da vida não te mostrado isso ainda, o mundo não te deve nada. Metas são ótimas, e podem nos ajudar a focar nossos esforços em direção a ser melhores ou fazer algo melhor. Mas você precisa manter as metas como metas e não como expectativas.
2. Abandonar os resultados.
Focar no processo é um modo bem melhor de estabelecer metas. Por exemplo, minha meta é tomar as melhores decisões financeiras possíveis para garantir a minha independência financeira na aposentadoria.
3. Abandonar as preocupações.
Eu sei que é bem difícil para de se preocupar com dinheiro. Afinal, tem tantas coisas na vida que dependem do dinheiro. E se eu não puder pagar a dívida da casa? E se eu perder o emprego? É um hábito difícil de largar, mas sinceramente, essa preocupação não nos traz nada de bom.
4. Abandonar as comparações.
Somos competitivos. Parece que avaliamos nossa posição na vida em relação a posição das outras pessoas. É como se todos estivéssemos numa corrida invisível uns contra os outros. Mas na verdade, estamos todos a procura de felicidade e até onde eu entendo a felicidade de um não exclui necessariamente a do outro.
5. Abandonar o acompanhamento sem intenção.
Sou a favor de monitorar as suas finanças, mas mais do que produzir uma planilha detalhada com o destino de cada centavo precisamos é usar as informações para tomar melhores decisões. Depois de tantos anos monitorando as minhas finanças, me pergunto que bem me fez saber exatamente quanto eu gasto em cada categoria. A questão é entender os nosso padrões de comportamento e ver como podemos melhorá-los.
Metas pode ser ótimas. Só precisamos fazer um trabalho melhor para que as metas não se tornem expectativas que nos causem descontentamento no futuro.
Pingback: Metas para 2018 – fiquericodiariamente.com.br