Há bastante tempo tenho escrito sobre o que fazer. Hoje resolvi salientar o que não fazer. A lista vem do livro “Investimentos Inteligentes”, do Gustavo Gerbasi.
- Ter uma única fonte de renda. O princípio básico da diversificação para administrar o risco de perda abrupta do rendimento familiar em caso de desemprego repentino do provedor. Esse risco também pode também ser mitigado pela criação de um fundo de emergência que garanta o cumprimento das obrigações da família por um período de 6 a 8 meses.
- Esperar sobrar dinheiro. Não adianta esperar que a sua renda se ajuste. A renda é a restrição, o que precisa ser ajustado é o seu padrão de consumo. Também vale lembrar que quanto mais cedo você começar mais o seu dinheiro trabalhará por você, esse é o milagre dos juros compostos, onde o tempo faz o bolo crescer.
- Trabalhar com muitas instituições financeiras. Se você espalhar muito o seu dinheiro, duas coisas podem acontecer no mínimo, um maior volume de taxas pagas às instituições financeiras e um custo de oportunidade pela escala nas negociações com os bancos. Um volume maior de recursos provavelmente lhe renderá melhores opções de investimento.
- Trabalhar apenas com uma instituição financeira. Você está limitado ao portfolio dessa instituição e sujeito ao seu risco de continuidade. Fique de olho. Aqui em casa trabalhamos com dois bancos, um público e um privado, ambos de grande porte.
- Querer começar grande. Quando se trata de dinheiro, o tempo é um fator tanto ou mais relevante que o montante.
- Poupar, ao invés de investir. Poupar é o primeiro passo, o segundo é encontrar o melhor uso dos seus recursos para obter o melhor rendimento possível, ou seja, é preciso investir.
- Ter um único investimento. É preciso diversificar para administrar o risco e também para buscar o melhor rendimento. Em tempos de juros baixos é preciso buscar alternativas.
- Sonegar impostos. A receita está cada vez mais equipada e as multas para os sonegadores são altíssimas. Faça a coisa certa!
- Contribuir desnecessariamente para o INSS. Se você é autonômo, provavelmente vale mais a pena investir o valor da contribuição por conta própria, do que dar dinheiro para o governo financiar a aposentadoria de outro.
- Manter o FGTS intocável. O FGTS rende menos que a poupança, qualquer alternativa é melhor. Avalie as oportunidades de saque permitidos.
- Não aproveitar as vantagens de um PGBL. É uma alternativa para a contribuição ao INSS e uma forma de planejar a sua aposentadoria.
- Hiperatividade ou giro excessivo nos investimentos. Cuidado com o impacto das taxas e dos impostos sobre a rentabilidade. Lembrem-se que alguns consultores de investimentos, especialmente em corretoras, ganham uma taxa a cada transação e seu interesse principal é estimular o maior número de operações possíveis.
- Paralisia nos investimentos. O mercado está sempre em evolução, o que era uma boa opção no ano passado pode não ser mais.
- Alavancagem com possibilidade de perda. Nunca tome dinheiro emprestado para investir com risco alto. A perda pode te pegar de surpresa.