Começar a investir, ou mesmo a equilibrar as contas, nem sempre é fácil. Uma coisa é ler a respeito, outra bem diferente é transformar em realidade. Quando se está muito endividado ou o valor que sobra para investir é muito pequeno, a tendência da maioria é deixar para depois. Começamos a acreditar que é impossível sair do endividamento ou atingir a independência financeira.
Parte do problema é que a sociedade valoriza a realização imediata, ou seja, todo mundo espera resultados do dia para a noite. É difícil ver o lado positivo de se abster de realizar um desejo hoje em prol de uma meta futura. Quase todo mundo já tentou começar a poupar, e desistiu para comprar aquele novo eletrônico que na verdade não precisava.
Um passo de cada vez
O primeiro ponto a considerar é que não há atalhos. Lembrando a regra número 1, para acumular riqueza é preciso gastar menos do que se ganha. A segunda informação importante é considerar o poder dos juros compostos.
Me impressiono com o número enorme de pessoas que não tem idéia do estou falando. Juros compostos significa simplesmente que o rendimento de uma aplicação também rende. Ou seja se você aplicar R$100 por 12 meses a 0,5% ao mês você terá R$106,17 no final do período quando se considera-se um cenário de juros simples teria apenas R$106. A diferença deve-se ao efeito dos juros sobre o rendimento acumulado.
Isso serve para dizer que não apenas o valor que você investe, mas também o rendimento que se acumula trabalham a seu favor.
Infelizmente o mesmo vale para as dívidas de cartão de crédito, por exemplo, o valor que você deixa de pagar seja ele principal ou juros será base de cálculo dos juros no mês subsequente.
O outro fator importante é de ordem psicológica. O mais difícil em qualquer coisa é começar. Não importa se você tem R$100 ou R$1.000 ou ainda R$10.000 para investir, sempre vai haver uma oportunidade de consumo para te desviar do caminho. O importante é criar a disciplina de investir e para isso não importa o valor que você começar.
Com o tempo e com o crescimento do patrimônio, eu passei a achar menos penoso adiar o consumo.
Futuro incerto
Não ter dívidas e ter algum investimento é também uma trânquilidade. Ninguém passa o tempo esperando que o pior aconteça, é claro. Mas se perder o emprego ou adoecer já é desagradável só pela situação, imagine a dificuldade que uma pessoa sem reservas e com dívidas enfrenta numa situação dessas.
Fica o conselho de sempre, ataque as dívidas e construa um fundo de reserva.. Se você tem impulsos consumistas como eu, mentalize o meu mantra:
- Comprar somente coisas que eu realmente quero e preciso;
- Comprar coisas que eu uso;
- Comprar coisas de qualidade;
- Comprar coisas com desconto;
- Comprar coisas que eu posso pagar!