2014.16 – 5 conceitos básicos para construir um futuro financeiro sólido

A mais dura verdade sobre administrar nosso dinheiro nos dias de hoje é que estamos basicamente sozinhos.

Poucos empregadores querem manter seus empregados por 40 anos, então é provável que a renda tenha altos e baixos e mesmo desapareça em períodos entre um emprego e outro. Poupar para a aposentadoria é também basicamente nossa responsabilidade, a menos é claro que você acredite que vai sobreviver com a aposentadoria do INSS quando chegar a hora. E, nesse caso,  pode esperar pelo Papai Noel e pelo coelhinho da Páscoa também. Assistência médica para quem não tem uma cobertura através do seu empregador que possa ser mantida na aposentadoria, requerá quantias cada vez maiores de dinheiro. E a lista continua.

Em paralelo, todo tipo de indivíduos e instituições estão percebendo a oportunidade e entrando na fila para oferecer uma ampla variedade de cartões de crédito, produtos financeiros, e consultorias de várias tipos. Uma parte disso é positivo pois traz competição ao mercado e reduz custos. Mas em outros casos, o resultado é basicamente mais confusão para o pobre vivente.

Outro fator complicador é o mercado imobiliário que vem apresentando há alguns anos uma valorização acelerada dos imóveis, sempre a sombra de uma possível bolha imobiliária. Comprar ou não comprar a casa própria, eis a questão? E o custo de vida?  A inflação oficial no mês de junho se considerarmos o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses foi de 5,07% e a meta para o ano de 2014 é de 6,5%.

Dado esse quadro, é muito difícil evitar aquele medo primitivo de que estou tomando decisões incorretas, ou de que não estou encontrando as melhores alternativas. Sei que não há garantia de que as opções disponíveis sejam atrativas ou adequadas para todos, mas aqui estão 5 conceitos que podem ajudar a trilhar o caminho.

  1. Não complique os investimentos. Em outras palavras não invista no que não compreende. Se quiser investir em renda variável mas não entende como escolher uma ação, procure um fundo atrelado a um índice como Ibovespa por exemplo. Em termos gerais, invista no que compreende, de forma constante e o máximo que puder. Busque ajuda, eduque-se.
  2. Procure ajuda especializada. Em algumas situações pode valer a pena ouvir um especialista. Só cuidado com o gerente do banco e o corretor já que o interesse desses profissionais é maximizar o resultado da instituição e não o seu. Uma corretora ganha por volume de transações independente da valorização ou não da carteira do cliente, na maioria das vezes, o interesse está em girar o máximo possível.
  3. Converse com os seus pares. Amigos e colegas de trabalho talvez te ofereçam insights valiosos para finanças pessoais ou mesmo referências para encontrar os especialistas certos para você.
  4. Automatize tudo que for possível. Toda vez que esquecemos de pagar o condomínio na data certa, pagamos multa e juros.  Aplicações programadas também facilitam a vida e reduzem a chance de ficarmos adiando o investimento. Claro que é necessário tomar um certo cuidado com as contas revisando os extratos para evitar pagamentos indevidos. Contas de telefone, cartões de crédito e TV a cabo merecem especial atenção.
  5. Enfrente as conversas difíceis. Qual a situação dos seus pais? Tem seguro saúde? Pensão ou aposentadoria garantidos? Estamos vivendo cada vez mais, e existe uma segurança razoável de que precisaremos apoiar e até sustentar financeiramente nossos pais no final da vida. Você está preparado para isso? Você pelo menos entende qual a situação financeira dos seus pais? O mesmo vale para os filhos se for a sua realidade. Os filhos têm saído de casa cada vez mais tarde e isso tem um impacto nas condições financeiras das famílias. Como os seus filhos se relacionam com o dinheiro? Os pais são o modelo que as crianças usam para desenvolver seu caráter e formar seus hábitos.

 

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