Esse fim de semana eu conferi o curso online gratuito da FGV “Como organizar o orçamento familiar”. Para quem já fez treinamentos através de internet a interface será familiar e o conteúdo bem objetivo. Apesar de cobrir tópicos básicos o curso chama a atenção para a importância do planejamento financeiro familiar. Segundo dados do IPEA apresentado no curso:
A realidade das famílias brasileiras pode ser verificada na estatística que, recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – publicou. Trata-se do Índice de Expectativa das Famílias – IEF.
O IEF indica a percepção que as famílias têm sobre seu grau de endividamento. Essa pesquisa aponta que 48,9% dos brasileiros têm dívidas, sendo que 8% se dizem muito endividados, 18,2% consideram-se mais ou menos endividados e 22,7% apontam que estão pouco endividados. Na outra ponta, 50,7% disseram não ter dívidas.
O maior problema apontado pela pesquisa é o fato de uma parcela de 37,7% de famílias não possuírem condições de pagar suas dívidas.
Ilustração 1 – Grau de endividamento por região do Brasil
Grau de endividamento por região
Região
Muito
endividado
Mais ou
menos
endividado
Pouco
endividado
Não têm
dívidas
Centro-Oeste
6,3%
8,1% 5,3%
79,7% Nordeste
9,9%
21,7% 28,3%
40% Norte
12,7%
39,3%
23,7%
24%
Sudeste
7,2%
12,4%
18,1%
61,9%
Sul
5,2%
22,3%
33,9%
38,6%
Fonte – Ipea
Outra dica bem interessante do curso é o planejamento de emergência usando o método de orçamento ABCD onde você classifica as despesas da família conforme a seguinte legenda:
- A – Alimentar
- B – Básico: conta de água, luz, telefone,escola de filhos.
- C – Contornável: aquilo que faz a vida melhor e, em uma eventualidade, você corta.
- D – Desnecessário: por exemplo, ter cinco cartões de crédito.
Segundo a orientação, o valor total AB representa aqueles gastos que não podemos abrir mão. O curso recomenda estimar o fundo de emergência através da multiplicação do total AB pelo período de recolocação para a sua atividade. Um bom indicador seria considerar pelo menos 12 meses.