Uma barra de chocolate pode te ajudar a economizar dinheiro. Não apenas alguns trocados. Se usado corretamente, poderia potencialmente economizar milhares de reais.
Essa é a chamada de uma nova pesquisa sobre um fenômeno chamado fadiga decisional, “decision fatigue” é o termo utilizado em inglês. Fadiga decisional é o que acontece quando uma pessoa tem opções em excesso. A medida que o seu cérebro cansa, você toma decisões piores.
Como publicado pelo New York Times:
“Decision fatigue” ajuda a explicar por que pessoas normalmente sensíveis se tornam violentas em relação a colegas e familiares, gastam compulsivamente em roupas, compram junk food no supermercado e não conseguem resistir ao apelo comercial do Polishop. Não importa o quão racional e controlado você tente ser, você não pode tomar decisão após decisão sem pagar um preço biológico.
É diferente da fadiga física – você não está consciente de estar cansado – mas você está com baixa energia mental. Quanto mais escolhas você faz durante o dia, mais difícil cada escolha adicional se torna para o seu cérebro, e eventualmente você procura por atalhos, usualmente há dois caminhos muito diferentes.
Um atalho é se tornar irresponsável: agir impulsivamente ao invés de dedicar energia para avaliar adequadamente as consequências. O outro atalho é o meio mais eficiente de economizar energia: fazer nada. Ao invés de agonizar sobre as decisões, evitar todas. Adiar uma decisão muitas vezes pode trazer problemas maiores no futuro, mas de imediato, reduz o desgaste mental.
Se você já prestou atenção aos seus hábitos de consumo, provavelmente está familiarizado com a fadiga nas decisões, mesmo que você não conhecesse o termo técnico. Eu acredito que é a fadiga nas decisões que dá momentum aos ataques consumistas, aquela tendência que o mantém gastando dinheiro depois da primeira compra.
Força de vontade limitada
Pesquisadores estão descobrindo que força de vontade é um recurso não renovável. Algumas pessoas tem mais que outras. É possível fortalecer a sua habilidade de resistir a impulsividade e as más escolhas. Acreditem, sou um exemplo vivo. Mas ninguém é capaz de tomar decisões com a mesma qualidade o tempo todo. Vamos cansando e esgotando nossa força de vontade nos tornando suscetíveis a decisões ruins até que nossa força seja recuperada.
Esse é um fenômeno que afeta mais aos pobres do que aos mais afortunados. Porque tem menos recursos, aqueles que são pressionados pela falta de dinheiro estão sempre avaliando os prós e os contras de todas as decisões, mesmo as menores. Pode ser trivial para uma pessoa gastar R$25 em um almoço com amigos. Para outra, esses mesmos R$25 podem fazer toda a diferença em seu orçamento doméstico