2013.11 – Carro novo

Já falei sobre carros antes, hoje, a idéia é contar o  processo de escolha do nosso último carro. O objetivo é demonstrar os desafios enfrentados e os aspectos mais importantes considerados.

1. Breve histórico

Moramos em Porto Alegre e desde 2006, eu e meu marido dividimos um único carro. Manter um único carro para os dois é possível devido a nossa logística. Moramos perto do meu escritório então eu posso ir caminhando para o trabalho e meu marido tem um horário bastante peculiar que faz com que ele precise do carro 2 dias por semana na maioria das vezes. Mesmo dividindo o carro, temos rodado aproximadamente 15.000 km por ano sendo a maioria em passeios nos finais de semana ou de férias.

Há cerca de 1 mês adquirimos o nosso sexto carro juntos. Nosso carro anterior era um hatch 2.0 com câmbio automático cujo único defeito era o ângulo de ataque que fazia com o carro batesse na frente até para sair da garagem. Temos o hábito de viajar de carro e explorar caminhos que muitas vezes envolvem estradas de chão batido e com muitos buracos o que não era exatamente a praia do nosso último carro.

Durante algum tempo, costumávamos trocar de carro com os meus pais que possuíam uma “Small SUV” (utilitário esporte compacto) quando saíamos para enfrentar estradas de chão.

Mesmo levando em conta o meu profundo e antigo interesse por carros e finanças, sabia que teríamos um grande desafio à frente para escolher o carro novo.

2. A escolha do modelo com foco na necessidade

O novo carro iria trafegar em vias complicadas e precisaria oferecer condições adequadas o que direcionou nossa escolha para um veículo de maior porte do que o nosso hatch. Em seguida, a robustez e a confiabilidade do carro e da marca eram essenciais. Afinal, queremos sair com tranquilidade para os nossos passeios que incluem trafegar em estradas de terra, pouco movimentadas, inclusive à noite. Por conta disso e dos períodos de chuva, seria interessante contar com tração 4×4.

Além disso, o carro deveria ser baseado num projeto global, desenvolvido para os mercados de “primeiro mundo”, em função da melhor qualidade de construção e dos componentes. Um bom desempenho, pensando no conjunto mecânico, também era importante.

Por fim, buscávamos características complementares em relação ao nosso hatch, permitindo outros tipos de uso. Dessa forma, a escolha recaiu numa SUV compacta.

3. A escolha do modelo com foco nas finanças

Tudo parecia relativamente fácil no item anterior. Porém, tínhamos uma limitação financeira considerável em relação ao preço de compra que, em função das nossas prioridades, não poderia drenar nossas reservas. A idéia era colocar nosso hatch no negócio e pagar a diferença.

A avaliação que recebemos por nosso hatch teve um perda de 40,5% em relação ao preço pago por ele 2 anos atrás. Desempenho bem pior que o auge da crise.

Por outro lado, estávamos decididos a adquirir um carro zero km para não ter preocupação com manutenção no curto prazo.

4. A escolha do modelo com foco no lado emocional

Após a análise dos itens anteriores, era o momento de optar por um carro com um bom design externo e interno e que fosse agradável para nós (não para os outros). A intenção era aliar funcionalidade e beleza. Adicionalmente, gostaríamos de contar com câmbio automático.

Após tudo isso, basicamente chegamos a um único modelo (o mesmo que os pais tiveram por algum tempo) que atendia todas as características e ficava dentro da faixa de preço que queríamos.

5. Primeiras impressões

Depois de um mês com o carro novo, ainda estranho a diferença de resposta em relação ao hatch, mas fico muito feliz quando estamos desafiando nosso GPS em estradas que antes nem chegaríamos perto. Segundo a Fipe, nosso novo carro já perdeu 9% mas essa compra foi feita para durar.

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Conclusão

A compra de um carro, que para muitos pode parecer algo banal, na verdade tem uma série de aspectos importantes a serem considerados. No Brasil, há muitos veículos com baixa qualidade e péssimo nível de segurança, além de serem os mais caros do mundo. E na maioria avalassadora das vezes o carro perderá valor muito rápido. Carro nunca é um investimento.

Esse cenário torna indispensáveis pesquisas e reflexões, que requerem muito tempo e conhecimento (que nem todas as pessoas possuem).

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